Psicoterapia Dinâmica Experiencial Acelerada (AEDP)
Indicada para:
A Psicoterapia Dinâmica Experiencial Acelerada (AEDP) encontra-se em fase de investigação, mas tem mostrado ter particular eficácia em casos de PTSD complexa, depressão, ansiedade e problemas relacionados com a vinculação, como isolamento, sentimentos de solidão e desconfiança (Fosha, 2000).

Origens:
A Psicoterapia Dinâmica Experiencial Acelerada (PDEA) foi fundada pela Diana Fosha e integra componentes da Terapia Dinâmica e da Terapia Experiencial, tendo como bases teóricas e práticas os trabalhos de Winnicot, Malan e Davanloo.

Conceitos e Técnicas:
Os 2 conceitos chave da AEDP são Vinculação e Emoção. O objetivo é ultrapassar as defesas do cliente, proporcionando uma relação de vinculação segura com o terapeuta, e explorar e processar experiências emocionais profundas e dolorosas. Quatro técnicas desempenham um papel importante:

· Focagem em marcadores somáticos como sorrisos, respirações profundas, e acenos e inclinações da cabeça, de forma a aceder a experiências emocionais dolorosas.
· Utilização de linguagem imagética , evocativa, sensorialmente significativa, de forma a promover o aprofundamento e intensificação da experiência emocional.
· Regulação afetiva diádica , que constitui o acompanhamento afetivo momento-a-momento do paciente, ao longo de vários ciclos de sintonização, rutura e reparação. Este processo não- verbal (hemisfério direito) ajuda a regular emoções intensas, e é expresso pelo olhar, tom de voz, ritmo e toque.
· Retrato (quatro tipos), que constitui uma visualização guiada, envolvendo frequentemente outros significativos, que promove o processamento das emoções.


A finalização do processamento é marcada pela emergência de tendências de ação adaptativas e resilientes (e.g. força, poder, assertividade). Nas fases posteriores, verifica-se uma transformação de segunda ordem, dirigida ao alargamento do efeito terapêutico de vinculação segura, ligação e aumento da capacidade de receber e experienciar emoções positivas e valorização positiva do self. Isto é marcado pela emergência de afetos transformacionais (Fosha 2000; 2009), que incluem orgulho, alegria, gratidão, sentir-se tocado pelas suas conquistas emocionais e luto pelo self. Uma técnica chave é o processamento meta-terapêutico, em que o paciente e o terapeuta exploram e refletem sobre o processo transformacional que ocorreu durante as fases anteriores e sobre a experiência da relação paciente-terapeuta no aqui-e-agora.


Fosha, D. (2000). The Transforming Power of Affect: A Model of Accelerated Change. New York: Basic Books.

Fosha, D. (2009). Emotion and recognition at work: Energy, vitality, pleasure, truth, desire & the emergent phenomenology of transformational experience. In D. Fosha, D. J. Siegel & M. F. Solomon (Eds.), The healing power of emotion: Affective neuroscience, development, clinical practice (pp. 172-203). New York: Norton.

Texto elaborado por Hans Welling - Psicoterapeuta



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